Uma equipe do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb) visitou ontem (11) a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Gravatá, no município de Queimadas, e constatou que a ETA está sobrecarregada. A estação de tratamento, que abastece Campina Grande e região, tem capacidade de tratamento de 1.600 litros de água por segundo, enquanto o necessário para suprir a demanda dos municípios abastecidos por ela é de 2.500 litros por segundo. Esse déficit de 900 litros de água por segundo prejudica o abastecimento de água da população, que sofre com a constante falta d’água.

Para amenizar o problema da ETA de Gravatá, seria necessária a ampliação da estação de tratamento e a retomada das obras da adutora São José, que atualmente está paralisada e que era para ter sido finalizada há 10 anos.  Caso a nova adutora fosse construída e a ETA reformada, a capacidade de tratamento de água subiria para 2.200 litros de água por segundo e, com isso, levaria mais água tratada para a população de Campina Grande e região.

Na visita realizada ontem, o Stiupb não encontrou nenhuma placa que identifique os prazos e o valor da obra. O que se constatou foi o local encoberto de mato e o material (canos) da obra exposto ao relento, ou seja, um total descaso do Governo do Estado. 

Para o presidente do Stiupb, Wilton Maia Velez “isso reforça as críticas que já fizemos, ou seja, na Paraíba não existe política para o setor de saneamento, quando muito, vemos apenas medidas paliativas e que evidentemente não resolvem os problemas” comentou.