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18.11.2014
Sertão da Paraíba terá 2° usina de energia solar

A Paraíba terá uma segunda Usina Termossolar. Será o Coremas 1, com investimento de R$ 125 milhões e uma capacidade de geração de 30 MW, atendendo 225 mil habitantes, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A primeira usina está em construção na cidade de Coremas - a 397 km de João Pessoa. A usina terá uma potência para gerar 50 MW (megawatts) e capacidade para atender 850 mil habitantes. Estão sendo investidos R$ 350 milhões.

Outros Estados ganharam a concessão para construir usinas termossolares em leilões realizados posteriormente, mas, segundo a Agência, a estrutura será menor do que a que está sendo construída em Coremas. A usina Coremas usa uma tecnologia inédita no Brasil (co¬letores parabólicos, semelhante às antenas parabólicas de televisão). A empresa responsável é a Rio Alto Energia, que garante que a usina é a maior em solo brasileiro.

Atualmente, existem no Estado 13 parques eólicos em operação, o que corresponde a uma potência instalada de 69MW e atende 518 mil habitantes, segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica). A maior parte destes parques eólicos está localizada no município de Mataraca, a 95 km de Capital paraibana.

No Estado, foram cadastrados 11 projetos para participar do 6º Leilão de Energia de Reserva (LER), sendo 10 de energia eólica e um de energia solar. Juntos totalizavam 328MW, o que representaria 2,1% da energia de reserva do País. No entanto, apenas o parque Coremas I foi vencedor.

O leilão aconteceu no último dia 31. A Paraíba foi o estado que teve o menor custo médio de instalação entre todos os projetos solar vencedores nesse leilão: R$ 4,18 milhões/MW. O valor mais caro foi o de Minas Gerais, com custo médio de R$ 6,4 milhões por megawatt de potência injetada. A empresa com o projeto vencedor na PB foi a SPE CESP.

No entanto, o fato do Coremas I ter uma capacidade instalada de 30MW não significa que o parque vá produzir esse total todo o tempo. A produção do parque vai oscilar, de acordo com o fator de capacidade, que é o tempo médio que um parque permanece em operação. No caso da solar, por exemplo, durante a noite e em dias muito chuvosos, a produção não acontece. Isso acontece em todas as usinas de energia renovável.

O 6º Leilão de Energia de Reserva realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) resultou na contratação de 62 usinas geradoras de energia, sendo 31 eólicas e 31 solares que, juntas, somam 1,65 GW de potência instalada. O destaque foi a negociação inédita de projetos solares fotovoltáicos, representando a viabilização de mais uma fonte de energia limpa e renovável.

Este ano o preço médio de venda ficou em R$ 169,82 por MW/ h. Apenas a fonte eólica e a solar fotovoltáica negociaram energia. Para eólicas, o preço médio final foi de R$ 142,34 por MW/ h e a solar foi de R$ 215,12 por MW/ h. O leilão negociou R$ 15,9 bilhões em contratos de energia, que serão assinados por 20 anos. A energia precisa começar a ser entregue em outubro de 2017.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), foram inicialmente cadastrados 1.034 projetos, sendo 626 projetos eólicos, 400 de energia solar fotovoltáica e oito termelétricas a biogás e resíduos sólidos urbanos (RSU). O 6º Leilão de Energia de Reserva foi realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com operacionalização da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

*Matéria publicada na edição desta terça-feira (18) do Jornal Correio da Paraíba

 

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