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Morreu na manhã de hoje (09/11) em Campina Grande o companheiro eletricitários aposentado da CELB ( Energisa) Sr. Jorge de Aguiar Leite, vitima de uma parada cardiaca em consequencia do câncer que ele vinha combatendo.
O Jorjão, fez parte do movimento secundarista antes do golpe militar, ocupando a secretaria e depois a vice-presidência do Centro Estudantal Campinense na gestão do então presidente Derly Pereira. Em 1969, tendo como fundamento o Decreto 477, foi suspenso por um ano quando fazia economia na Faculdade de Ciências Econômicas de Campina Grande.
Jorjão contou que em 12 de janeiro de 1973 foi preso sob acusação de envolvimento em atividades subversivas, tendo sido submetido a violentas sessões de torturas físicas e morais na “Granja do Terror”, em Campina Grande, cedida por Manuelito Bezerra, comerciante de armas.
“Colocaram um fio elétrico na minha orelha e outro no pé. Depois tiravam e colocavam no meu pênis. Era um terror. Dois dias depois, fui conduzido à cidade do Recife, onde fiquei preso e incomunicável até o mês de março, no DOI- CODI. Lá respondi a vários interrogatórios perante os órgãos de repressão sediados em Pernambuco”, relatou Jorjão.
Ele disse que o pessoal do DOI CODI só perguntava sobre as pessoas que ele escondera do PCBR na sua casa e propriedade, mas nunca sobre os membros da Ação Popular. “Se eles chegassem até a AP eu estava lascado, porque emprestei minha fazenda para que a direção nacional da Ação Popular realizasse conferência nacional por três anos consecutivos, Inclusive, a decisão do ingresso da AP no PCdoB se realizou na minha fazenda”.
Jorjão esteve presente nas lutas que travamos contra o PL 4330.
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O Velório será no Cemitério Campo Santo da Paz e o sepultamento será as 17:00 horas.
Veja aqui a uma entrevista concedida por Jorge Aguiar a TV Itararé .
https://www.youtube.com/watch?v=JeFs-xV1BAY
