Notícias

14.04.2016
Não queremos golpe! Queremos direitos!

 

Não podemos nos calar diante do debate político que tem mobilizado todo o país. O STIUPB, tendo à frente uma gestão compromissada com o avanço da consciência e luta da classe trabalhadora, vem tornar público sua posição quanto este momento.

O impeachment aprofunda os ataques a nossa classe. O que está em jogo não é a defesa dos interesses da classe trabalhadora. Longe disso, Cunha, Temer e Cia, querem é a garantia da entrega das riquezas nacionais nas mãos das grandes empresas, dos banqueiros, dos patrões. Um governo presidido por ele, que foi presidente da Câmara dos Deputados, quando FHC era presidente, e garantiu a votação dos interesses daquele governo, irá aprofundar a retirada de direitos conquistados com anos de lutas. O PMDB, partido que mais recebeu dinheiro das mineradoras e empreiteiras, governando com o apoio do PSDB, partido que começou o ano de 2015 batendo em professores no Paraná e terminou batendo em estudantes em São Paulo, não pode solucionar a crise diária que vivem aqueles que mais trabalham. Por trás do impeachment, estão fascistas, torturadores da ditadura e superexploradores que querem nosso sangue para lucrar mais.

Sabemos que o PT e os partidos da “esquerda oficial” traíram os interesses da classe trabalhadora, foram corrompidos pela burguesia, e aderiram de corpo e alma às concepções burguesas neoliberais, isto é, ao capitalismo e à defesa da sacrossanta propriedade privada e da exploração do homem pelo homem.

De fato, para financiar suas milionárias campanhas eleitorais, esses partidos se envolveram no círculo vicioso da corrupção e das relações promíscuas com a burguesia, o que os levou a perder a autoridade moral indispensável para travar qualquer luta política séria na sociedade.

Por isso, não mais se constituem numa alternativa popular em nosso país, e é preciso perder qualquer ilusão em relação a eles.

É fato, porém, que mesmo pondo em prática uma política de repassar para os trabalhadores a crise que a burguesia produziu como as MPs 664 e 665, que reduziu o acesso ao seguro desemprego entre outros direitos, e a aprovação da lei antiterrorismo, o atual governo não poderá reprimir o movimento popular e os sindicatos, pois perderia o que ainda tem de apoio entre a classe trabalhadora e o povo brasileiro.

Não podemos agir como se o resultado dessa disputa tanto faz ou que pouco importa quem seja o derrotado ou o vitorioso. Afinal, quem está à frente desse processo de impeachment é o corrupto Eduardo Cunha que garantiu tapete vermelho para o presidente da Fiesp e repressão aos trabalhadores na votação do PL 4330, projeto que reduz salário dos trabalhadores, legaliza e aumenta o número de acidente de trabalho e de mortes entre os terceirizados. Sem falar em projetos que ameaçam direitos históricos, como o PL 550 (do senador Cássio Cunha Lima - PSDB) que retira multa das costas dos empresários quando da demissão sem justa causa; o PL 555 que autoriza a privatização das estatais; entre outros que tramitam no Congresso Nacional com o apoio deste verdadeiro picareta.

Assim, a classe trabalhadora brasileira tem um desafio: derrotar este golpe da extrema direita, ampliar as lutas, as paralisações, as greves e as manifestações para ampliar nossos direitos.

Cabe a nós, trabalhadores e trabalhadoras, impedir um retrocesso ainda maior nas poucas e limitadas liberdades democráticas que ainda temos. Isto significa ser contra o impeachment de Dilma e a ascensão de Temer ao poder. Se hoje já está ruim para os trabalhadores, com o PMDB, o DEM e o PSDB no governo, ficará ainda pior.

A realidade não permite que fiquemos aguardando para ver o que os poderosos vão fazer. É preciso ocupar as ruas, incendiar o país com greves combativas para derrotar o impeachment e o ajuste fiscal, que só tem piorado a vida do nosso povo. Ocupar as ruas pela garantia de nossos direitos! A solução da crise é por fim ao domínio dos ricos sobre o país, é o socialismo!

#NÃOAOIMPEACHMENT
#VAITERLUTA

 

Outras notícias