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05.07.2016
Cagepa quer dar golpe nos trabalhadores

No dia de hoje fomos surpreendidos com a divulgação da proposta da direção da CAGEPA de reajuste salarial de 9,83% dividido em 4 vezes, com o pagamento da primeira parcela apenas em outubro, terminando em abril de 2017 . Mais uma vez a empresa apresenta uma proposta que representa perca salarial aos seus funcionários. Proposta que, por sinal, pode ser chamada de “Reajuste Armazém Paraíba”.

Tornamos público nosso repúdio quanto à forma desrespeitosa que o presidente da empresa, o Sr. Marcus Vinicius, apresentou tal proposta. Na manhã de hoje, enquanto a entidade que representa os trabalhadores lotados em João Pessoa realizava assembleia, o presidente da Cagepa enviava por Whatsapp (isto mesmo, por whatsapp!) a proposta da empresa de reajuste salarial.

O detalhe é que por cerca de 7 horas do dia de ontem (4/07) estivemos reunidos com uma comissão da empresa, composta por José Mota, Diretor de Operação e por Simão Barbosa, Diretor de Expansão da mesma, buscando fechar uma proposta para o Acordo Coletivo da categoria, sendo discutidas todas as clausulas sociais. Na reunião foram consenssuadas algumas cláusulas sociais. Entretanto, a empresa não apresentou nenhuma proposta acerca das cláusulas econômicas, ficando pactuada a data da próxima sexta feira (08/07/16) para a realização de outra reunião, onde na oportunidade seriam apresentadas propostas para as cláusulas sociais não pactuadas e também para a apresentação das propostas relativas às cláusulas econômicas.

Para nós do STIUPB, isto tem cheiro de golpe e deve ser repudiado e reprovado pela categoria. Sabemos que por trás desse comportamento há uma clara tentativa de retirar direitos dos trabalhadores, a exemplo da escala de trabalho, da diminuição do índice de insalubridade e a submissão do direito à formação de uma comissão (de análise dos requerimentos de insalubridade) nada paritária, bem como a necessidade de 10 anos de exercício contínuo em uma mesma função para ter direito à incorporação das gratificações de forma definitiva. Além da retirada do vale transporte (e/ou auxílio transporte) de alguns trabalhadores, acabando assim um direito conquistado e garantido por lei, dentre outros GOLPES.

Buscaremos nos próximos dias o auxílio do Ministério Público do Trabalho e da Superintendência Regional do Trabalho para mediar as próximas reuniões com a empresa, visto que após o episódio de hoje, a credibilidade das negociações fica comprometida.

Cobramos de imediato a resposta oficial da empresa quanto às reivindicações levadas pelo STIUPB à direção da empresa. Ao mesmo tempo que, após tal ofensa, ainda assim nos colocamos a disposição para manter o diálogo, sem porém, abrir mão da defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores.

Trabalhador, fique alerta! Só conquista quem luta!

 

 

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