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A 3° Jornada de Debates do Setor Público feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos na Paraíba (Dieese-PB), na última quarta-feira (19) apresentou uma série de consequências do ajuste fiscal para a economia e os riscos que o Projeto de Lei de Emenda à Constituição-PEC 241 representa para o desenvolvimento do pais. O evento foi realizado no auditório da CUT-PB.
Com o tema os "Desafios Diante do Ajuste Fiscal", o técnico do Dieese-PB, Renato Silva apresentou uma série de dados e informações sobre o cenário de congelamento de gastos e seus efeitos a curto e longo prazo para a classe trabalhadora.
De acordo com Paulo Tavares, coordenador do Diesse-PB, o debate contribui com a conscientização dos graves problemas enfrentados pelo movimento sindical com o golpe e a política de ajuste fiscal.
“Com a realização desse evento, o movimento sindical se apropria de dados e embasamentos importantes para a reflexão acerca de todo o processo de retrocessos que será implementado com a PEC 241, o ajuste fiscal e a possível reforma da previdência”, avaliou.
Segundo Renato Silva, “a situação das finanças públicas da união passa por um momento delicado, mas a solução não será bloquear o desenvolvimento do país com leis que impeçam seu crescimento”, alertou sobre a PEC 241.
Segundo Renato, essa política econômica fará o país retroceder sem precedentes. “A regra está sendo mudada para prejudicar o povo, tirar direitos de mais de 20 anos, alterar dispositivos da Constituição Federal para acabar com as conquistas em políticas sociais implementadas na última década”, ressaltou.
De acordo como ele, o discurso do governo “tenta justificar a PEC 241, colocando o argumento de que, se não controlar os gastos públicos e as receitas, o país vai quebrar” e lembra que “sem políticas de estímulo ao desenvolvimento social não existe país que consiga sair da crise”, alertou.
No ano de 2011, o crescimento econômico passou a demonstrar um momento de consumo e mercado interno desacelerado com saturação do consumo, com taxas inferiores aos anos anteriores. No entanto, as despesas continuaram aumentando e a consequência foi sentida em 2014. Os reflexos da crise foram sentidos com a queda do Produto Interno Bruto (PIB), que chegou a 3,7% em 2015.
