O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas na Paraíba (Stiupb), Wilton Maia Velez, participou, sábado (23), na União Campinense de Equipes Sociais – Uces, de uma Assembleia Geral, que é realizado constantemente pela entidade para abordar questões gerais da cidade.

Na Uces, Wilton Maia apresentou informações técnicas sobre o fim do racionamento em Campina Grande, algumas já de conhecimento do grande público. Ele destacou que o Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), nos últimos 20 dias, mesmo sem o racionamento, armazenou mais de 600 mil metros cúbicos, aumentando assim o volume do manancial, consideravelmente.

O presidente do Stiupb referiu-se ainda à proposta do MPF, de sé voltar a liberar a água para as torneiras, quando o açude atingir 97 milhões de m3, “o que é um absurdo, pois isso só deve acontecer daqui a uns 40 meses”.

Como funcionário da Cagepa e conhecedor de todo o sistema de funcionamento da Companhia, Wilton Maia lembrou que, a partir de março de 2018, a população vai passar a pagar pelo uso da Água do Rio São Francisco. “Como é que as pessoas irão pagar por um produto que ela não estará consumindo?”, indagou o dirigente sindical.

Em sua explanação, o presidente do Stiupb disse que o racionamento da água só prejudica os mais pobres, aqueles que vivem na periferia e que não possuem condições de armazenamento, diferentemente das classes média e alta, que possuem grandes reservatórios. “E é uma questão de saúde pública, pois muitos colocam a água em baldes ou tonéis, de forma inadequada”.

O presidente da Uces, João Batista, que era, anteriormente, favorável ao racionamento, afirmou que, após as explicações do presidente do Stiupb, agora é para que as pessoas tenham água todos os dias, defendendo a tese de que a Transposição foi feita justamente pra isso, para o consumo humano.

A UCES é uma entidade que congrega as associações de moradores da cidade de Campina Grande.