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Evento do Stiupb na Chesf local, com a presençam do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba
Foi uma vitória de quem não teme a luta. Foi assim que resumiu o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas na Paraíba (Stiupb), Wilton Maia Velez, sobre a decisão de retirada de pauta pela Câmara dos Deputados, da Medida Provisória 814/17, que facilita a venda da Eletrobras e suas subsidiárias (Chesf) e estava na lista para votação no plenário.
Foram várias as iniciativas do Stiupb em defesa da Chesf: reuniões, protestos nas ruas, ações na Câmara de Vereadores, a instalação da Frente Parlamentar pela Assembleia Legislativa da Paraíba (após encaminhamento do Stiupb), participação em audiências em Brasília, além da conquista do apoio do governador Ricardo Coutinho e dos demais governadores do Nordeste, incluindo Minas Gerais.
Os funcionários da Chesf de Campina Grande continuam mobilizados e, segundo Osvaldo Aristides, que é funcionário da Companhia e dirigente sindical, o grupo de trabalho continuará vigilante, lutando pela soberania da Chesf, contra a intervenção privada.
SOBRE A RETIRADA DE PAUTA DA MP
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, informou que, após reunião com o presidente do Senado, Eunício Oliveira, sobre a pauta dos próximos dias, e ficou decidido que a Câmara não votará a MP 814/17.
A derrota do Governo Temer aconteceu devido ao acordo fechado entre os partidos de oposição (PT, PCdoB, PDT e PSB) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Segundo a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que participou das negociações com Maia, as resistências ao substitutivo do relator da MP, deputado Mauro Lopes, alcançavam não apenas a oposição, mas bancadas governistas do Nordeste, Aneel, Fiesp e setor produtivo em geral – por conta do alto impacto tarifário que ela produziria. O relator adicionou, aos quatro pontos propostos pelo governo, mais 30 dispositivos alterando regras do setor elétrico que produziriam este impacto nas tarifas de energia.
A matéria precisaria ser aprovada antes do dia 1º de junho na Casa e no Senado para não perder validade. “O relatório da MP vem, com aumento de tarifa. Nem o plenário da Câmara o nem do Senado querem votar”, afirmou Maia. Segundo ele, o governo e a Fazenda foram avisados de que havia desconforto nas bancadas com o texto do deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ).
Outras batalhas ainda em andamento
A mobilização da categoria, a articulação das entidades sindicais com deputados e senadores foi fundamental para essa importante vitória dos urbanitários, em especial dos eletricitários, e da população brasileira, que será impactada diretamente com a privatização da Eletrobras.
A luta em defesa das estatais elétricas continua, ainda está em trâmite o Projeto de Lei 9463/18 que altera o controle acionário da Eletrobras, da gestão das águas e promove um significativo aumento na tarifa de energia.
As entidades sindicais, com a forte mobilização dos trabalhadores e trabalhadores e amplo apoio dos parlamentares, estarão ainda mais empenhadas nesse enfrentamento. A luta agora é pela anulação do PL 9463/18. (com informações: agências e Stiu-DF)
