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Durante entrevista à Rádio Caturité FM, na tarde desta sexta-feira, 30, o presidente do Sindicato dos Urbanitários da Paraíba, Wilton Maia Velez, recomendou que o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, ao invés de querer privatizar a Cagepa, fosse cuidar da cidade, das demandas que a população tem classificado deficitárias, como as creches e os postos de saúde.
Para o sindicalista, a gestão atual não tem conseguido sequer dar respostas às obras de saneamento que foram iniciadas na gestão anterior, exemplo dos canais de Bodocongó, Santa Rosa, João Paulo II e Ramadinha e que não foram finalizadas pela atual administração.
“Dias atrás, houve um problema na Avenida Canal, quando estourou um cano de captação de esgoto e a prefeitura passou três dias pra realizar o conserto, num serviço que sequer tem pressão da água. Imagina se fosse em canos de captação da água”, destacou Wilton.
Em outro momento da entrevista, o presidente do Stiupb disse que haverá resistência em relação a essa iniciativa da Prefeitura em querer privatizar o saneamento e os demais serviços de água: “A Cagepa está tocando os serviços muito bem, não visa o lucro, mas, sobretudo, levar água de qualidade com uma tarifa justa. Discordo de quem afirma que a Cagepa presta um péssimo serviço. A Cagepa tem levado água para todos, mesmo nos momentos de dificuldades”.
“Vamos sim questionar juridicamente essa iniciativa da Prefeitura, com uma ação de direta de inconstitucionalidade. Porque tira, inclusive, a responsabilidade da Câmara de Vereadores quem deve conceder essa outorga. Não existe Projeto de Parceria Público Privada em Campina Grande. O que existe é privatização e esse é o modelo da gestão Romero, que privatizou o São João, acabou com a Integração e agora quer acabar com o saneamento com uma canetada aloprada, diga-se de passagem. As pessoas devem lembrar que quando houve a privatização da Celb (empresa municipal de energia, hoje Energisa), ocorreram debates na Câmara e todo processo foi outorgado em sessão pública”, enfatizou na entrevista Wilton Maia.
Para o presidente do Stiupb, o modelo de privatização proposta pelo Governo Romero vai provocar aumento de tarifas e prejudicar os pequenos consumidores, aqueles que consomem menos e pagam entre R$ 35 a R$ 60 por mês.
Ainda na entrevista, Wilton Maia fez um balanço da sua viagem a Brasília nesta semana, para acompanhamento das discussões em torno do Projeto de Lei 3261/2019, que objetiva privatizar o saneamento no País.
Confira parte da entrevista no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=e5tIddjd8N0&feature=youtu.be
