Notícias
Para a diretoria do Sindicato dos Urbanitários da Paraíba – Stiupb, a Proposta de Emenda Constitucional(PEC) 32/2020, já nas mãos da Câmara dos Deputados e que institui a Reforma Administrativa, ataca de maneira feroz os direitos dos servidores públicos, tanto os atuais quanto os futuros trabalhadores, além de minar o atendimento de qualidade prestado à população brasileira mais carente. O texto foi elaborado pelo Ministério da Economia do governo Jair Bolsonaro(sem partido).
As reformas representam a disputa pelos recursos públicos e reduzem o caráter redistributivo do Estado. O objetivo é diminuir o tamanho do Estado, não para que ele seja mais ágil, mas para que o setor privado lucre com as atividades que antes eram públicas. O resultado desse modelo voltado para o mercado é o baixo crescimento, a instabilidade econômica, o aumento da dificuldade do Estado para desenvolver políticas estratégicas para o país, a ampliação da pobreza e da concentração de renda.
Na perspectiva dos trabalhadores, as medidas de equilíbrio fiscal deveriam passar por:
? Políticas voltadas para o crescimento econômico com inclusão social;
? Medidas de controle de gastos para as despesas nominais das contas públicas, promovendo maior controle dos dispêndios financeiros, especialmente dos juros da dívida;
? Auditoria da dívida pública;
? Combate efetivo à sonegação;
? Reforma tributária com progressividade, com maior tributação sobre a renda e o patrimônio, tributação sobre grandes fortunas, redução dos impostos sobre o consumo, observando a capacidade contributiva;
? Revisão das isenções fiscais;
? Cumprimento efetivo do teto constitucional para salários dos servidores públicos;
? Garantia de recursos do pré-sal para ampliar investimentos em saúde, educação e infraestrutura;
? Regulamentação do artigo 165 da Constituição Federal de 1988, estabelecendo um ordenamento das prioridades na construção e execução orçamentária;
? Promoção do controle social e da transparência de informações do gasto público.
Principais mudanças propostas na Reforma Administrativa
Eixos elementares:
- Dificulta o acesso à estabilidade;
- Cria a avaliação de desempenho;
- Abre espaço para o fim do regime jurídico único, especialmente no que diz respeito à previdência, já que possibilita incluir novos servidores no Regime Geral da Previdência Social;
- Reduz a remuneração média no decorrer da carreira, ao retirar progressões por tempo de serviço e/ou automáticas;
- Aumenta o poder discricionário do Executivo para extinguir cargos, funções, benefícios e instituições;
- Amplia a possibilidade de contratação de temporários e possibilita aumento de terceirizações;
- Facilita as privatizações ao retirar do Legislativo a responsabilidade por esse processo e inclui como atribuição privativa do presidente da República a “extinção, transformação e fusão de entidades da administração pública autárquica e fundacional” (Inciso IV, art. 84, PEC 32/2020).
Para saber mais sobre esse Projeto acesse o link abaixo:
https://www.dieese.org.br/outraspublicacoes/2020/sinteseEspecialReformaAdministrativa.pdf
