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18.12.2020
Stiupb também requer que MPT faça a mediação para que a Energisa avance nas negociações da PLR

Diante da falta de interesse da Energisa Paraíba em querer negociar com uma proposta satisfatória para a concretização da campanha do acordo salarial referente à Participação dos Lucros e Resultados de 2020 – PLR/2020, o Sindicato dos Urbanitários da Paraíba - Stiupb, requereu ao Ministério Público do Trabalho, regional de Campina Grande, a mediação nas negociações.

O pedido de mediação  foi protocolado pelo Stiupb, através do seu presidente Wilton Maia Velez, no final da tarde desta sexta-feira, 18.

Conforme Wilton Maia, no dia 23 do mês de julho do corrente ano, Stiupb e Energisa iniciaram a campanha do Acordo referente à Participação dos Lucros e Resultados de 2020 – PLR/2020. "Contudo, consoante avançavam as  negociações, a Energisa decidiu nos apresentar uma proposta nunca antes sequer  discutida, em suma o conteúdo apresentado visava a não realização do pagamento  do adiantamento da PLR, situação esta histórica e que representa um ganho financeiro aos trabalhadores da  empresa".

O presidente do Stiupb pontuou que na percepção da diretoria essa proposta de não pagamento da PLR já vinha sendo decidida pela Energisa desde a primeira reunião: "De pronto,  o sindicato não acatou a proposta da ENERGISA,  e para dar seguimento às discussões, as partes isolaram esse entrave e foram negociando os demais temas".

Lembrou o dirigente sindical que, passando-se mais um tempo e conforme ata da 4º reunião de mesa-redonda, realizada no dia  22 do mês outubro, sindicato e empresa chegaram ao consenso quanto aos indicadores, mas a negociação travou novamente e não houve mais nenhum avanço circunstancial, justificando ao nosso ver, o pedido da mediação.

Diante desse cenário, conforme o Stiupb, a empresa tem utilizado o entrave do  Acordo da PLR/2020 junto  as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021 para também travar as negociações do ACT, dificultando qualquer evolução.

 

"Nada justifica a Energisa não garantir o reajuste salarial e dos benefícios sociais que são historicamente conquistas da categoria profissional, portanto, resta-nos prejudicadas as negociações conforme atas, onde a ENERGISA não tem garantido sequer a reposição da inflação referente a nossa data base, e insiste em realizar reajuste em duas parcelas sem retroativo desrespeitando inclusive a nossa data base", destacou Wilton Maia.

Ressalte-se ainda que a proposta da empresa tem a seguinte visão:  a primeira parcela seria 50% do INPC referente ao período de outubro de 2019 a novembro de 2020, e os outros 50% seria realizado reajuste somente em maio de 2021. "Proposta esta não acatada pelo STIUPB, e, além disso, somada a esta situação a propositura de uma  aplicação imediata  de um reajuste na ordem de 17% no plano de saúde que seus empregados pagam de seus dependentes,  dentre outros conflitos.

Entendemos que a proposta apresentada ao sindicato foge a razoabilidade para fundamentar o equilíbrio de uma negociação justa.

OUTRA - O Stiupb também requereu ao MPT, mediação para avançar na negociação do ACT com a Cagepa, tendo já sido marcada audiência para o próximo dia 22, às 11h.

Confira abaixo o pedido de mediação feito pelo Stiupb:

 

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