Reunidos em assembleia virtual nesta terça-feira, 29, os trabalhadores da Chesf rejeitaram, por maioria absoluta, a proposta da PLR 2020 apresentada pela Companhia e ainda aprovaram um indicativo de paralisação de 72 horas a partir do dia 11/01/2020, caso as negociações não sejam retomadas.

A assembleia foi realizada por meio do aplicativo Zoom e reuniu os chesfianos dos Estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí – bases dos sindicatos que compõem a Intersindical Nordeste e Frune.

O presidente do Sindicato dos Urbanitários da Paraíba (Stiupb), Wilton Maia Velez, participou da Assembleia e informou que 90% dos que participaram rejeitaram a Proposta de Pactuação da PLR, outros 6% aprovaram e 4 se abstiveram.

Sob o Comando do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), foi aprovado o seguinte na Assembleia:

1. Rejeição da proposta de PLR 2020 descrita no Termo de Pactuação

2. Reabertura das negociações para discutir os pontos contidos na notificação extrajudicial;

3. Prorrogação do prazo de assinatura do Termo de Pactuação da PLR, em até 90 (noventa) dias antes do pagamento da 1ª parcela da PLR, conforme a LEI 14.020/2020;

4. Autorização aos sindicatos para tomada das medidas judiciais cabíveis que o caso requer;

5. Deliberação de indicativo de paralisação de 72 horas a partir do dia 11/01/2020, caso as negociações não sejam retomadas.

As negociações relativas ao Acordo Coletivo de Trabalho ficaram suspensas por cerca de 90 dias devido as dificuldades impostas pela pandemia de COVID-19, tendo o ACT sido prorrogado até setembro.

A pandemia que ainda não passou e que interfere na relação e no debate com os trabalhadores, mas principalmente com as dificuldades frente ao posicionamento da Eletrobras e do Governo atual, que já no início das negociações em março sinalizava com propostas de cortes de benefícios, redução de direitos, posição que não deve ser diferente agora.

O Stiupb está nessa luta em defesa dos trabalhadores da Chesf e integra o direcionamento da CNE para a tomada de posições futuras.