Notícias
O Sindicato dos Urbanitários da Paraíba (Stiupb), teve participação efetiva no Encontro Nacional da Mulher Urbanitária – CNU/FNU, realizado no sábado, 15 de maio, e que reuniu dezenas de dirigentes sindicais dos setores elétrico e de saneamento. A empatia e a união foi a tônica do encontro: todas juntas na luta, uma sempre apoiando a outra!
O Stiupb foi representado por Gisleide Dantas Leite, Secretária de Mulheres, Juventude, Gênero, Etnias e Minorias do Stiupb.
Mesa de debates
Durante o encontro ocorreu a mesa de debates “A Conjuntura atual e a violência contra a mulher no mundo do trabalho e no movimento Sindical”, que teve como convidadas: Carmem Foro, Secretária-Geral da CUT Nacional; Juneia Batista, Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT; Fabíula Rocha, representante do Sindiágua-RS; e Fabíola Latino Antezana, dirigente da CNU e do Stiu-DF
Carmem Foro abordou a questão da fome, do desemprego e como as mulheres são as mais afetadas nesse contexto atual: “nossos direitos serão os primeiros a serem retirados. As mulheres também são as mais prejudicadas com as privatizações no setor de água é energia, principalmente as que moram na periferia, devido ao aumento e exclusão dos serviços que essas privatizações ocasionar”. Ela também destacou o quanto a pandemia agravou a violência contra as mulheres, em todos os aspectos: físico, psíquico e político.
A dirigente da CUT alertou, ainda, que o acolhimento faça toda a diferenças e que a sororidade seja uma constante em nossas vidas.
A palestrante Juneia Batista falou da importância dos sindicatos debaterem o tema da violência e assédio contra as mulheres e fazer um trabalho de combate aos comportamentos inaceitáveis nos locais de trabalho e sociedade em geral. Também destacou a importância de se fazer um trabalho educativo como o assediador, que normalmente são homens, mas as mulheres também assediam muito, principalmente na forma de assédio horizontal. Ela também enfatizou a importância da inclusão das pessoas com deficiência e do trabalho que ainda se faz necessário para sua inclusão e empoderamento.
Os processos de privatização, tanto do setor de saneamento como do setor elétrico foram explanados pr Fabíula Rocha e Fábiola Latino Antezana, respectivamente. Elas contextualizaram o cenário atual e reforçaram que a privatização desses serviços têm consequências maiores entre as mulheres. “A privatização da água gera aumento nas contas e, por consequência impede o direito dos mais pobres à esse serviço, prejudicando mais diretamente às mulheres para as quais estão impostas as responsabilidades pelos serviços domésticos”, afirmou Fabíula Rocha. Nessa mesma linha, Fabíola Antezana, disse: “serão as mulheres que sofreram mais os impactos, porque parte da independência feminina foi conquistada pela tecnologia (que hoje depende da eletricidade) e deixar de ter acesso à ela, principalmente pelo aumento da conta de luz, será um grande retrocesso na vida das mulheres”.
Debate e eleição das delegadas
Após a explanação das palestrantes, foi aberto espaço para o debate com grande número de inscritas. As mulheres apresentaram propostas e sugestões para ajudar no engajamento da luta, relataram experiências pessoais, expressaram solidariedade umas às outras e reforçaram o compromisso em lutaram por direitos. Este momento do encontro foi permeado por falas carregadas de emoção e empatia, e onde a palavra sororidade ganhou mais força.
Na parte final do Encontro, foram eleitas, por unanimidade, três delegadas e duas suplentes para participarem do Encontro Nacional de Mulheres da CUT 2021. São elas:
. Cássia Liberatori – representante da FRUSE (Federação dos Urbanitários do Sudeste)
. Fábíola Latina Antezana – representante da Furcen (Federação dos Urbanitários do Centro-Norte)
. Amélia Fernandes – representando a Frune (Federação dos Urbanitários do Nordeste)
Suplentes:
. Alicéia Alves Araújo– Sinergia-MS
. Fabíula Rocha – Sindiágua-RS
As urbanitárias também serão representadas pela delegada nata, na vaga da FNU, Giovana Barros.
Momento cultural
Durante o Encontro, as mulheres foram brindadas com apresentações culturais:
. Maria Izabel Monteiro, atriz e presidente do sindicato das trabalhadoras domésticas do RJ, declamou poesia do grupo Marias do Brasil, sobre opressão sofrida pelas mulheres;
. Tamara Jonhson (baixista) – tocou a música “As Brasileirinhas”,
