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No dia de ontem (4) o STIUPB, representado pelo companheiro Pedro Raniery, esteve participando de reunião entre a Intersindical (Comitê dos Sindicatos que representam os trabalhadores do Grupo Energisa) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A reunião, ocorrida na sede da ANEEL, em Brasília, teve como pauta as várias denúncias contra o Grupo Energisa em todo o país.
Ao término da reunião, a Intersindical, representada por Elvio Vargas, Elizete Almeida, Maria Ângela Brum, o Advogado Alexandre Canteiro, do Sinergia-MS; Sergio Aparecido Fernandes, Francisco Pereira da Conceição, do STEET-TO; Pedro Raniery Costa e Duarte, do STIUPB; e por Celso Primo, do SINDIELETRO-MG, protocolou uma carta, entregue em mãos ao Diretor Geral da ANEEL, Romeu Rufino, onde relata as denúncias referentes ao Grupo Energisa.
Segue abaixo alguns pontos da Carta:
Energisa Soluções – novamente denunciamos à Aneel a participação da ESOL (Energisa Soluções), empresa do próprio grupo econômico criada para prestar serviços à Energisa, de forma terceirizada, nas licitações das concessionárias de energia que formam o Grupo, com informações privilegiadas e utilizando mão de obra e as estruturas das distribuidoras, em alguns serviços. Denunciamos que houve casos em que a Energisa Soluções superfaturou o contrato, comparado com o contrato anterior com outra empresa.
Registramos também, que o serviço de corte e religação está sendo realizado de forma isolada por um único trabalhador, descumprindo a NR-10. Inclusive em algumas empresas do Grupo esse procedimento está sendo executado por leituristas que não tem qualificação técnica para a função, podendo causar acidentes de trabalho, assim como causar prejuízo ao consumidor por queima de equipamentos.
Outros prejuízos causados aos consumidores é a suspensão do serviço de ligação de urgência que deixou de ser oferecido, como também o atendimento emergencial fora do horário comercial. Isso tem ocasionado interrupção de energia por vários dias, principalmente em áreas rurais e em pequenas localidades, causando até agressões verbais e físicas aos trabalhadores por parte dos clientes.
Observamos para a Aneel, que mesmo nas empresas adquiridas há mais tempo pelo Grupo Energisa, houve uma queda considerável nos investimentos e na melhoria do Sistema. Citamos como exemplo a Energisa PB (Paraíba), privatizada há 16 anos, que ainda possui rede de distribuição de baixa tensão, com postes e cruzetas de madeiras e agências comerciais em péssimas condições de instalações.
Com relação às empresas adquiridas do Grupo Rede solicitamos à Aneel que nos forneça na integra o Plano de Recuperação apresentado pelo Grupo Energisa e aprovado pela Aneel. Solicitamos também informações a respeito da forma como Grupo Energisa vêem procedendo em relação ao compartilhamento de infraestrutura e pessoal, regulamentada recentemente pela Agência.
Por fim, relatamos à Aneel que todas essas práticas da empresa estão refletindo na piora da qualidade dos serviços prestados à sociedade.
Após o encontro com a direção da Aneel, a Intersindical definiu um novo encontro entre as entidades sindicais em Campo Grande, nos dias 18 e 19 de agosto, juntamente com a Campanha Salarial do Sinergia-MS, quando serão reavaliados o desempenho do grupo Energisa.
Veja no link abaixo a Carta na íntegra!
