Notícias
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas na Paraíba (Stiupb), também repudia a troca do nome da Eletrobras por “Axia Energia”. Essa medida tomada pela empresa tenta apagar a história de uma empresa construída com recursos públicos e com o trabalho de milhares de eletricitários e eletricitárias.
O Stiupb, por sua diretoria, também comunga com o entendimento que essa “nova marca” não é apenas estética: é simbólica da lógica privatista que tenta transformar energia — um bem essencial — em simples mercadoria.
É importante destacar que a Eletrobras nasceu com o propósito de garantir desenvolvimento, integração nacional e acesso à energia como direito. Hoje, sob o controle privado, o que se tenta vender é uma nova identidade, desvinculada da sua origem pública e social.
A o Stiupb reafirma: nome nenhum apaga a história de luta e compromisso dos(as) trabalhadores(as) da energia com o Brasil.
Seguiremos defendendo a reestatização da Eletrobras, o controle público da energia e o respeito à categoria eletricitária.
NOTA DA FEDERAÇÃO DOS PETROLEIROS
No último dia 23, a Federação Única dos Petroleiros emitiu uma nota criticando a mudaça do nome Eletrobras para Axia Energia e lembou que, tanto a Eletrobras, como também a Petrobras, são patrimônio imaterial de dos brasileiro e que a história econômica do país mostra que essas estatais foram criadas como instrumentos de integração nacional, indução tecnológica e segurança energética.
O anúncio da mudança de Eletrobras para Axia Energia reacende esse debate e confirma uma agenda de desnacionalização simbólica iniciada com a sua privatização em 2022, durante o Governo Bolsonaro. A troca elimina a referência direta ao Brasil e marca um distanciamento deliberado do passado estatal da companhia. A mudança de nome reprograma o imaginário, troca uma referência nacional por uma designação “global” esvaziada de contexto, que pretende fazer esquecer quem financiou e para quem deve servir a infraestrutura energética de um país.
Energia e petróleo não são mercadorias quaisquer. São infraestruturas de soberania e direitos da população. O nome, e tudo que ele condensa, protege um compromisso que engloba, tarifa justa, expansão com qualidade, pesquisa local, empregos dignos, segurança industrial e transição energética justa. Quando se tenta desnacionalizar a marca, tenta-se, junto, rebaixar o horizonte público dessas obrigações.
Em 2000, a sociedade brasileira disse não à “Petrobrax. Marcas como Petrobrás e Eletrobras não são modismos de mercado, são patrimônio imaterial da Nação e, como tal, devem seguir nomeando um projeto de desenvolvimento com soberania, justiça social e memória.
Defender as empresas públicas é defender o Brasil e o povo brasileiro.
